Como montar um minimercado? Guia exclusivo do Fala Mart!

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Sumário

Com certeza o segmento de minimercado é um dos mais promissores da atualidade. Esse é o tipo de empreendimento que está mais perto da clientela. E proximidade é tudo que o consumidor de hoje busca

Mas muitas dúvidas surgem na hora de entrar nesse nicho. Tem mesmo espaço para todo mundo? O investimento é alto? Por onde começo? O que eu preciso saber de básico para começar?

Eu sei que você está prestes a dar um grande passo na sua vida. Entretanto, estamos aqui para te dar o apoio que precisa. No papo de hoje, você terá as respostas para as questões acima e muito mais. Vamos juntos?

Minimercado: um setor que não para

Como você sabe, os últimos dois anos não foram dos mais fáceis para a economia em geral. Muitos empreendedores acabaram não resistindo às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Quase todo setor encolheu. Quase. O segmento de minimercados foi um dos poucos que fez o caminho contrário.

Conforme um estudo feito pela Mastercard, 79% dos brasileiros preferem consumir em minimercado, conhecido como comércio de vizinhança, durante a pandemia. O mesmo levantamento mostrou que 91% dos pesquisados pretendem manter esse hábito no pós-pandemia.

Apenas em 2021, a consultoria Kantar constatou que o pequeno varejo conquistou 7,6 milhões de lares. As compras por conveniência foram o carro-chefe, representando 23,6% dos gastos no país com bens de consumo massivo.

Ainda no último ano, o segmento de minimercado respondeu por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Além disso, concentrou 35% das vendas do setor supermercadista.

Em comparação com 2020, a categoria cresceu 13,6%. Na prática, temos mais de 400 mil empreendimentos classificados como minimercado no Brasil. 

E não. Esse número ainda é insuficiente para toda a demanda existente. Observe a região onde mora. Qual distância você precisa percorrer para encontrar um? Pense no tamanho do seu bairro e avalie se todos têm a mesma realidade.

De cara, já dá para perceber o quanto há fôlego para a expansão dos minimercados. Trata-se de um formato bastante adaptável e acessível para quem busca uma compra rápida perto de casa.

O conceito de minimercado

Antes de seguirmos, é essencial que você entenda o que define um estabelecimento como minimercado. Aqui estamos falando de estruturas de pequeno porte com variedade de itens, incluindo alimentos. Na categoria, estão inclusos armazéns e mercearias.

Quando possui faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões, a empresa é considerada de pequeno porte. Nesse caso, o empreendedor pode contratar de dez a 49 funcionários. 

Entretanto, um minimercado também pode ser aberto como microempresa (e faturamento de até R$ 360 mil por ano). Ou então por um microempreendedor individual (MEI). Nessas condições, o ganho anual não pode passar de R$ 81 mil e é permitida a contratação de apenas um funcionário.

Outra questão a se considerar é o regime tributário. Para EPP (empresa de pequeno porte), pode-se optar entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Já o MEI tem apenas o Simei, que é o sistema de recolhimento de tributos desse público.

Em termos de espaço, é possível começar em uma área de até 150 metros quadrados. O investimento inicial para atuar de forma regularizada costuma ser baixo, não ultrapassando R$ 20 mil. 

No atendimento, o autosserviço é uma característica dos minimercados. Ou seja, são estabelecimentos onde o próprio cliente pega o produto, sem intermediários. Contudo, é sempre bom lembrar da importância de ter um funcionário devidamente identificado para auxiliar se o consumidor precisar.

Conheça os futuros clientes e a concorrência

O primeiro passo para abrir qualquer negócio é aprender sobre o público-alvo. Logo, identifique os hábitos de consumo e estilo de vida. Na região onde pretende estabelecer o minimercado, o consumidor tem perfil mais estudantil? Ou é formado por trabalhadores com carga horária mínima de oito horas diárias?

Pequenas informações como essas dão indícios de horários de pico e produtos com maior saída. Dessa forma, você também terá melhores condições de avaliar estoque e construir a base de preços.

Se é uma área pela qual potenciais clientes passam muito a pé, a preocupação com estacionamento não será tão grande. Por outro lado, é desejável ter uma calçada larga e sem obstruções. Caso o foco esteja em quem volta de carro do trabalho, ter uma boa solução de estacionamento é essencial.

Não deixe de lado a concorrência. Ainda que você não tenha outros minimercados por perto, estude quem pode competir com o seu negócio.

Atualmente, temos farmácias com espaço para conveniência, postos de gasolina com esse serviço e, claro, supermercados e hipermercados. Isso sem falar no e-commerce. Afinal, mesmo com a tendência de buscar experiência mais presenciais, as compras digitais oferecem facilidades.

Todos esses pontos vão ajudar seu minimercado a nascer de forma planejada e estratégica. Além do mais, você terá mais facilidade para cuidar dos próximos passos da abertura de um minimercado.

Layout e identidade visual do minimercado

Você encontrou o lugar ideal e já definiu o público do minimercado, é hora de planejar a apresentação aos clientes. Qual a melhor aparência para sua loja? Quais cores usar, estilo do logotipo, disposição das gôndolas, usar ilhas ou expositores de parede?

Com mais de 40 mil projetos executados, a Universidade Martins do Varejo (UMV) sabe bem da importância dos detalhes. A experiência no serviço prestado a parceiros desde 1990 mostrou que as vendas são 30% maiores com o layout certo.

“É na layoutização que você organiza a loja, conduz o cliente pelas seções e mix de produtos. Você faz com que o seu cliente tenha prazer em comprar ali”, diz o projetista da UMV Pedro Luciano da Silva Neto.

Enquanto a identidade visual fala do logotipo, da apresentação da marca do minimercado, o layout está na estruturação do PDV.

Sobre identidade visual, sua preocupação deve estar nas cores empregadas no minimercado, símbolos, tipos e tamanhos de letras. A forma como é apresentado o nome do minimercado vai dizer muito sobre seu público.

Pense em marcas famosas como Coca-Cola, Nike, McDonalds. Ao vislumbrar suas cores ou símbolos, você imediatamente associa com a empresa e o tipo de produto oferecido. 

Agora, para ser eficiente, a identidade visual precisa estar alinhada ao layout da loja. Uma ação deve estar ao lado da outra para dar coerência ao minimercado. Porque tudo vai depender do espaço à sua disposição.

Não adianta ter gôndolas imensas se o seu espaço é pequeno. Provavelmente, prateleiras e iluminação direcionada vão ajudar muito mais seu cliente.

Lembre-se de que é preciso ter espaço para circulação. Caso se sinta oprimido ou perdido para encontrar os produtos, o consumidor vai embora facilmente.

Portanto, planeje o tamanho da fachada, a disposição do estoque, como você deve executar campanhas e promoções. Na estrutura que você vai montar, seu cliente conseguirá ver informativos e cartazes que você desenvolver? 

Seu minimercado permite boa visualização de corredores para que possa identificar o cliente que precisa de ajuda? Há ainda questões de segurança e sanitárias que devem ser avaliadas junto a especialistas.

Encontre bons fornecedores

Ter ao lado bons fornecedores vai garantir que seu minimercado ganhe em qualidade e preços competitivos. Você ainda terá segurança na origem dos produtos com os devidos certificados e notas fiscais.

Uma sugestão é buscar parcerias por meio de marketplaces como o Martins Atacado, que coloca à sua disposição mais 100 mil produtos no catálogo, além de mais de 250 lojas parceiras ofertando milhares de produtos.

Em um marketplace, você pode pesquisar, comparar preço e comprar sem sair de casa. Isso é possível pelo portal na internet e pelo aplicativo para smartphones Martins Atacado Online.

Há também outros benefícios. No Martins Atacado, o frete é grátis e sempre há descontos e o programa exclusivo de cashback, o BEM.

Sabe aquela preocupação em abrir o minimercado com hortifruti certificado? Tem fornecedor adequado à lei de rastreabilidade de frutas, legumes e verduras (FLV) por lá. É ou não é um grande suporte?

Minimercado sem erros na pesagem

Outra questão com a qual terá que lidar ao abrir um minimercado está na pesagem de produtos. Embora seja um procedimento bastante simples, é comum ser a origem de conflitos entre a loja e os clientes. Isso sem falar nos problemas causados à gestão de estoque e caixa.

Se o erro na pesagem for recorrente, a confiança do cliente vai cair. A chance de deixar de consumir produtos por quilo ou mesmo abandonar o PDV é grande. Afeta ainda o controle do que entra e sai do minimercado, prejudicando o orçamento.

Os erros mais comuns em pesagem são:

  • erro de digitação, trocando o código de referência do produto ao pesar;
  • informação errada sobre a tara na embalagem: você pesar o feijão com o preço por quilo da cenoura, por exemplo;
  • divergência entre as informações da balança e do sistema de gestão: no computador, o quilo do feijão carioca está R$ 10, mas na balança o valor de referência é R$ 9;
  • Falta de controle de estoque: você não sabe exatamente a quantidade do produto disponível;
  • Mau funcionamento da balança: situação que pode ser resolvida tendo um equipamento de qualidade e bem calibrado.

Minimercado com tecnologia

Aproveitando que falamos sobre sistema de gestão, fica aqui mais um importante conselho. Se você quer começar o minimercado com o “pé direito”, busque conhecer as tecnologias à disposição.

Mesmo que, de início, não se possa fazer grandes investimentos, é possível ter um PDV moderno. Além do mais, a tecnologia é sua aliada no bom desempenho do minimercado, pois ajuda na administração da loja.

Com software de gestão, você pode acompanhar estoque e entradas e saídas em tempo real. Quando tratamos de pagamentos digitais, tão em alta, também estamos pensando em tecnologia. 

Atualmente, é importante ter preparo para receber em Pix ou por aplicativos como o WhatsApp e carteiras digitais. São recursos de baixo custo que agilizam a rotina do minimercado e do cliente. 

Outra vantagem está na redução do risco que dinheiro físico em caixa pode representar para a sua segurança. Lembrando que pagamentos digitais são uma maneira de lidar com o troco, cuja falta costuma impactar no varejo. 

A propósito, pensar em um perfil para o seu minimercado em aplicativos de bate-papo e redes sociais envolve tecnologia. E, sinceramente, não deixe de lado essa preocupação. Ter presença na internet vai ajudar a fortalecer a imagem do minimercado e aproximar os clientes.

Ah! Não deixe de manter o atendimento humanizado. Pessoas se conectam com pessoas, compram de pessoas, voltam porque se sentem bem tratadas por pessoas. 

E, mesmo que tenha um único funcionário, busque oferecer treinamento gratuito, inclusive. Começar do jeito certo só vai ampliar o sucesso do seu minimercado.

Até a próxima!

Mart Martins

Mart Martins

Sou seu consultor especializado do Martins Atacado!
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