A falta de moedas ou cédulas menores muitas vezes representa uma grande dor de cabeça para o varejista. Na sua loja mesmo, quantas vezes você se viu em uma situação sem saída por não ter como devolver o troco para o cliente? A falta de troco no comércio pode comprometer seu faturamento.
Como? Basta considerar que muitos clientes querem o troco exatamente como deve ser. É um direito deles e não tem meio termo! Se você deixa de devolver aquelas sagradas moedinhas, ele pode sair contrariado e não voltar mais.
E pior: ele pode avaliar de forma negativa o atendimento da loja e afastar outros potenciais consumidores do seu PDV.
Hoje vou te ajudar a resolver esse problema para evitar esses contratempos desconfortáveis. Trouxe quatro dicas para você aplicar hoje mesmo na loja e afastar de vez o problema da falta de troco no comércio.
Vamos?
Lei do troco
Primeiro é importante você saber que vigora na maioria dos estados e municípios brasileiros a chamada lei do troco. Em cada localidade há suas particularidades, mas em geral a lei deixa clara a regra em que os estabelecimentos comerciais têm que devolver o troco integralmente ao consumidor e em espécie, ou seja, cédulas ou moedas.
Nada de balas, chocolates, vales ou qualquer outro tipo de produto para sanar a questão, por exemplo. Mas a gente sabe também que algumas situações acabam ocasionando o problema da falta de troco no comércio. Uma delas é a falta de moedas circulando no mercado.
Estima-se que 35% das moedas emitidas pelo Banco Central estejam fora de circulação no Brasil. Um dos principais motivos para isso é o velho hábito de guardar moedas no cofrinho.
O valor quebrado na precificação de produtos e serviços, como pedágios e transporte coletivo, é outro problema que agrava a falta de moedas e troco no varejo. Nesse caso, a soma dos produtos, no ato do pagamento em dinheiro, força o varejista a ter que devolver moedas de troco ao cliente.
4 dicas para facilitar o troco na loja
A melhor forma é tentar mudar a cultura dos seus clientes. Estimular boas práticas para que o dinheiro gire ou para que o consumidor se conscientize sobre outras modalidades de pagamento.
Você também pode rever a política de troco e descontos da loja, se planejando para não faltar dinheiro em caixa. Vamos às dicas!
Dica 1: fundo de troco
É importante ter um fundo caixa muito organizado para poder facilitar o troco ao longo do dia. Essa prática deve ser adotada diariamente. Deixe sempre o dinheiro “picado”. Se vai deixar R$400 de fundo de caixa para o expediente seguinte, certifique-se que haverá notas e moedas variadas que facilitem o troco.
Delimitar bem esses valores vai facilitar a vida do operador de caixa e dos vendedores. Caso falte troco, é importante que você devolva sempre o valor a mais do que o correto, a fim de arredondar o valor da compra. Pode ser um prejuízo às vezes, mas certamente essa correção vai ser a garantia de satisfação e a fidelização do cliente.
Dica 2: troco solidário
O troco solidário é uma iniciativa que associa responsabilidade social com facilidade de troco. Essa prática vem se popularizando muito no Brasil porque virou uma oportunidade para incentivar os consumidores a fazer a doação daqueles centavinhos sagrados do troco.
O dinheiro arrecadado vai todo para entidades e organizações não-governamentais parceiras da loja. Ao final de cada mês, você pode somar tudo aquilo que foi arrecadado e repassar aos projetos o dinheiro integralmente por transferência ou cédulas. Aí você fica com as moedinhas para ajudar no troco da loja.
Além de garantir moedas para o troco, você ainda fortalece a sua marca mostrando o valor da empresa e a preocupação com a responsabilidade social perante os seus consumidores.
Dica 3: pagamento com moedas

Você pode estimular o seu cliente a tirar as moedas do cofrinho em casa e comprar com elas na sua loja ou pelo menos trocar no seu caixa. Promova ações que despertem no cliente a consciência de contribuir para o troco da loja, mostrando a necessidade de ter moedas em caixa.
Ofereça ações promocionais com descontos ou até brindes para incentivar que ele troque ou pague as compras com as moedas.
Você pode pensar em percentuais de desconto proporcionais à troca de moedas em uma próxima compra. Bem como oferecer brindes com algum produto de valor mais acessível da loja, entre outros.
Pense em situações que sejam atrativas para o tipo de público que você tem e que não sejam tão onerosas para a loja. E também não custa nada, no checkout, sempre estimular o cliente com a famosa pergunta: “tem moedinha?”
Na bolsa ou na carteira sempre tem algumas moedinhas sobrando e que podem ser usadas para parar as compras. Então, lembre o consumidor do seu interesse por elas.
Dica 4: novas tecnologias
Os meios de pagamento vêm se transformando muito nos últimos anos e hoje há inúmeras formas, por canais digitais, para pagar as compras. Sua loja precisa acompanhar essa evolução então fique atento às suas possibilidades!
Além das maquininhas de cartão, pense em outras alternativas. Hoje em dia há o Pix, o pagamento via WhatsApp, que logo será liberado para pessoa jurídica, pagamentos por aplicativos financeiros e até aplicativos voltados diretamente para a facilitação de troco.
Diversas startups brasileiras já oferecem ao mercado tecnologias para pagar o troco sem necessariamente precisar do dinheiro vivo. É inovação, é facilidade, é transformar o dinheiro físico em dinheiro digital.
Funciona assim: o consumidor efetua a compra e a loja não tem o troco para dar. Basta enviar esse troco digitalmente por meio do CPF do cliente no aplicativo e ele terá o saldo para usar nas próximas compras ou até mesmo transferir para a conta bancária.
Viu como as possibilidades são fáceis e boas de se colocar em prática? Espero ter te ajudado nessa missão e com isso afastar de vez o problema da falta de troco no comércio.
Aproveite para ler sobre como fazer fechamento de caixa, processo que também que está diretamente relacionado ao troco. Lembra que falei acima da importância de deixar um fundo de caixa para o expediente seguinte?!
Até a próxima!
- Conteúdo desenvolvido pela Universidade Martins do Varejo – UMV.
