Os produtos de limpeza e higienização de ambientes são, sem dúvida, as estrelas do momento. A alta demanda causada pelo avanço da COVID-19 no Brasil está puxando um crescimento inesperado do setor de supermercados – considerado serviço essencial e, por isso, permanece aberto.
Até a segunda semana de abril, foi registrado um crescimento de 17,4% no segmento. As pessoas estão indo ao supermercado, nesse momento, por dois motivos: porque procuram alimentos e produtos de limpeza.
Hoje vou trazer alguns números para ilustrar melhor o cenário que estamos vivendo e, ao mesmo tempo, te mostrar o que você precisa fazer para não deixar nada faltar. Vamos começar?
Alta na demanda de produtos de limpeza: como está o consumo?
O brasileiro mudou seus hábitos de consumo com a chegada da COVID-19 e isso já não é mais novidade, não é mesmo?
Primeiro, vamos aos números. Segundo pesquisa da Nielsen Brasil, a alta demanda por produtos de limpeza é bem expressiva: luvas tiveram um crescimento de 122%. Álcool, 97%, desinfetantes em geral 80% e água sanitária 54%.
O que podemos entender com isso? É simples: com a chegada do coronavírus e com a quarentena, os consumidores focaram totalmente em comprar para estocar. Além disso, produtos que antes não tinham tanto espaço nas rotinas de limpeza do brasileiro (especialmente as luvas e o álcool), agora passam a ser protagonistas.
E não estamos nem entrando no mérito dos próprios alimentos e commodities, que cresceram ao todo 35%. Arroz e feijão, por exemplo, tiveram média de crescimento que beira os 100%. Mais uma evidência que reforça a compra por estoque que você, aí no seu supermercado, já deve estar presenciando.
Outro fato? Segundo a pesquisa, o alto volume de compras na terceira semana do mês mostra que os planos mudaram, pois essa não costumava ser a época que as pessoas geralmente iam ao supermercado.
Então definimos: a alta demanda por produtos de limpeza pelo coronavirus é real e o brasileiro está estocando para a quarentena. Só tem um problema: todo mundo fazendo estoque de uma vez, o risco de produtos se esgotarem é maior. Como lidar com isso?
O Brasil está fazendo estoque: veja como proteger o seu
Agora é a hora de manter o estoque bem abastecido, até com sobras, para não perder vendas.
A compra para estoque em si pode ser um problema para os pequenos supermercados. Muitas vezes, as compras são feitas com base no movimento do mês passado e levando em conta quando os clientes costumam comprar.
Só que, de repente, os cronogramas foram para o espaço e continuam mudando de acordo com as notícias. A cada nova divulgação do número de infectados surgem novas pessoas buscando estocar para a quarentena, e aí seu controle sofre.
Preparei algumas dicas para você não se enrolar nesse período:
1 – Baixe nossa ferramenta de controle gratuita
Primeiramente, só é possível fazer um controle de estoque, durante todo esse período de alta na demanda por produtos de limpeza, se você possuir uma ferramenta.
E ela não precisa ser extremamente complexa, como um software ERP todo conectado e tudo o mais. Você só precisa de um local para apontar quantidades e registrar entradas e saídas.
2 – Conheça seu estoque mínimo
Existem algumas fórmulas simples que vão te mostrar qual é seu estoque mínimo e máximo. Elas são muito valiosas para um controle de estoque em geral, e nesse momento de alta demanda por produtos de limpeza, ajudam a te deixar alerta para reposições.
Na realidade, é aqui que está o problema: não é que faltam produtos de limpeza no atacado, mas é difícil prever que o estoque vai acabar. O Martins.com.br está com os estoques cheios e pronto para te entregar com frete grátis, mas se você erra a data do pedido, pode ter ruptura de gôndola.
Isso você resolve sabendo qual é seu estoque mínimo. A fórmula é fácil:
Estoque mínimo = Demanda diária x Tempo de reposição
Vamos supor que o Martins.com.br leva 3 dias para entregar no seu município. E, como exemplo, seu desinfetante Lysoform tem demanda de 5 unidades por dia. Então, seu estoque mínimo é:
Estoque mínimo = 5 x 3
Estoque mínimo = 15
Quando seu Lysoform chegar a 15 unidades, é hora de pedir mais no Martins.com.br!
Fazendo esse tipo de cálculo, você tem muito mais controle na hora de pedir. No entanto, o problema com a alta demanda de produtos de limpeza é que a demanda diária é variável. Como resolver? Veja abaixo:
3 – Calcule uma variável de observação
Para resolver esse problema, você vai precisar estabelecer uma variável de observação. E é bem fácil, por mais que o nome pareça de outro mundo.
Mas pense: seu problema está na variação da demanda diária dos seus produtos de limpeza. De repente, todo mundo quer. A variável de observação é exatamente o que o nome diz: você precisa acompanhar a evolução da pandemia para se preparar.
E isso é semanal e, às vezes, até diário. Vamos usar como base esse estoque mínimo de Lysoform. Ontem ele era 15, mas de repente saiu uma notícia que produtos de limpeza com base de amônia são mais eficazes contra o coronavírus (eles não são, é só um exemplo!). É claro que mais gente vai querer comprar Lysoform.
Aí é você quem decide como proceder, levando em conta a sua experiência como varejista. Uma boa ideia seria adicionar uma variável de multiplicação por 2 no final da sua conta. Então, seu estoque mínimo passaria de 15 para 30 da noite pro dia.
4 – Foco no que você vende
E, assim, você vai acompanhando a demanda por produtos de limpeza. Como eles estão em alta, é interessante dobrar todos os estoques mínimos desses produtos, e deixar outros com menos saída em suspenso, por enquanto.
Se as pessoas estão estocando alimentos e produtos de limpeza para a quarentena, a alta demanda está justamente nesses produtos. Por isso, canalize suas compras de estoque para produtos que você sabe que vai vender, ok?
Foque no que te traz lucro. Deixe o estoque mínimo dos produtos com menos saída mais baixo e aumente o estoque mínimo dos produtos de limpeza, ok?
5 – Não aumente preços
Não é hora de aumentar preços de produtos de limpeza e eu te digo o por quê:
- Se seus concorrentes aumentarem os preços, você fica mais competitivo;
- Se você aumentar o preço e eles não, você fica “queimado” com a freguesia;
- Se você e seu concorrente aumentarem os preços, é uma atitude de má fé perante uma pandemia, e você vai fidelizar menos clientes.
Esse é um momento que pede calma e, acima de tudo, cobra apoio. Seja a ajuda que a sua comunidade precisa, não o contrário. Sua imagem após a pandemia vai te agradecer.
Foco na estratégia e conte com a gente
O Martins.com.br é seu parceiro desde sempre, e agora mais do que nunca!
Estamos do seu lado para lidar com o que você precisar. Aumento na demanda? Temos estoque. Não sabe o que fazer? Temos guias pra te ajudar. Baixa no faturamento e não tem como fazer o estoque girar? Permitimos compras à prazo.
Naquilo que você precisar, estamos aqui. Fale com a gente nas mídias sociais ou ligue, vamos fazer o possível para resolver qualquer questão, ok?
Fique seguro e bem informado. Venha ver minha série especial sobre a COVID-19 clicando aqui. E até a próxima!